Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é considerada uma doença crônica progressiva, e também é classificada como um transtorno mental. O vício em substâncias químicas e psicoativas afetam não apenas o dependente químico que fazem seu uso, mas também as pessoas ao seu redor e a sociedade em geral. Com isso, essa questão torna-se um caso de saúde pública, onde há necessidade de cada vez mais atenção nesse âmbito e de implantação de políticas públicas na área da saúde para realizar tratamento da dependência química.
A dependência química é uma doença na qual não existe cura, mas com o tratamento adequado e os cuidados necessários é possível controlar o vício. Porém, além das dificuldades e os impactos que afetam o adicto, ainda se vê uma discussão e abordagem falha sobre esse assunto, deixando essa questão acerca da desinformação. Além disso, vemos que a dependência química e o dependente sofrem com o preconceito frente à sociedade, sendo deixados à marginalização.
A Dependência Química e os Fatores de Riscos
As substâncias químicas são aquelas que produzem efeitos psicoativos e afetam o funcionamento do cérebro, causando sensações agradáveis e prazerosas para o dependente, fazendo com que ele sinta a vontade e a necessidade de consumir de novo e de novo, como o álcool e a cocaína, por exemplo. Todos aqueles que fazem o uso dessas substâncias estão sujeitos a desenvolver a doença, podendo ocorrer de forma mais rápida ou demorar mais para alguns, mas a cada uso a dependência química se torna mais próximo.
Entretanto, existem alguns fatores agravantes que fazem com que a doença seja desenvolvida. Podem ser fatores biológicos, sociais, genéticos e psicológicos. A ocorrência de traumas, influência do meio e da convivência social do indivíduo e até mesmo quadro de depressão, ansiedade e estresse podem se tornar fatores de risco para o desencadeamento do vício e da dependência.
Sinais e Sintomas da Doença
Por ser uma doença crônica progressiva, ou seja, que se agrava ao decorrer do tempo, nem sempre é fácil identificar os sinais da dependência. Mas os sintomas mais comuns e recorrentes são: fissura ou craving, que é quando o indivíduo apresenta desejo incontrolável de fazer o uso da substância. Ele sente a necessidade de sentir os efeitos que elas causam, tornando-se uma compulsão e deixando de ser uma escolha do dependente, diferente do que muitos acham, o dependente químico acaba tendo sua mente focada no prazer excessivo que para alguns pode trazer um alívio, uma falsa sensação de bem-estar mesmo que tudo esteja ruim, uma falsa alegria em pessoas depressivas, um esquecimento rápido de problemas recorrentes, dentre outros. Consequentemente, o uso passa a ser incontrolável, sendo esse outro sintoma da doença. Inconscientemente, o uso se torna cada vez mais frequente e em maiores quantidade, em buscas dessas sensações.
Com o abuso e o uso excessivo das drogas, quando dependente químico não faz seu uso, ele pode apresentar crises de abstinência, sendo esse um sintoma bem comum. A síndrome de abstinência pode fazer com que o indivíduo sofra com alterações de humor, apresente irritabilidade, além de sintomas físicos, como tremores, náuseas e alucinações.
Ao fazer o uso contínuo e progressivo de substâncias químicas, o organismo passa a se tornar mais tolerante, fazendo com que seja necessário consumir quantidades cada vez maiores, tonando-se uma “bola de neve”. Além disso, o dependente pode passar a apresentar mudanças de comportamento, que podem afetar sua vida pessoal e profissional, e apresentar mudanças em seu círculo social e se relacionar com um novo grupo de amigos.
O Tratamento
O primeiro passo para um tratamento adequado da dependência química é o reconhecimento e aceitação da doença por parte do dependente, assim, ele ou sua família deve buscar uma clínica de recuperação para obter um diagnóstico profissional e ser orientado para o tratamento mais adequado, isso porque cada método deve ser individualizado para cada caso e seguir conforme as necessidades de cada paciente. Além disso, é importante que o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar envolvendo médico psiquiatra, psicólogo e terapeuta continue e percorra por todo o tratamento e posterior a ele.
O tratamento costuma ser multidisciplinar, envolvendo acompanhamento por profissionais, como médicos, psicólogos e outros agentes da área da saúde. Além de envolver o uso de medicação quando há a necessidade, é importante integrar práticas terapêuticas e psicossociais ao tratamento.
A forma mais segura e eficaz é que se realize a internação do dependente químico em uma clínica de recuperação especializada, para que ele consiga ficar longe do contato com as substâncias químicas e das influências no início do tratamento, que pode ser uma das etapas mais difíceis, sendo este um fator que muitas vezes ocorre a falha do tratamento sem a internação, vindo o dependente químico a fazer uso de drogas ou álcool e misturando com a medicação prescrita pelo médico, o que pode ser muito perigoso e trazer sérias consequências.
Por isso, é importante que o adicto que está sob tratamento tenha uma rede de apoio e conte com seus pais, familiares e todos aqueles ao seu redor, sendo de extrema importância e imprescindível para que o dependente consiga concluir o tratamento e possa se recuperar da melhor maneira.
A Clínica Revive conta com uma ampla infraestrutura e com uma rede de profissionais capacitados para prover o melhor tratamento e atender as necessidades do adicto. Caso você sofre dessa doença ou conhece alguém nessa situação entre em contato com a gente e agende uma visita para conhecer nossas unidades e instalações. Nós da Clínica Revive estamos de braços abertos para lhe receber e esclarecer todas as suas dúvidas.